Somos todos iguais e ainda assim, evidentemente diferidos...
O que nos difere? Essa é a questão, ou
ao menos deveria ser. Talvez não sejam nossas igualdades que nos torne
realmente parecidos ou humanos. Talvez, sejam apenas as formas como lidamos com
os sentimentos involuntários e insolúveis dentro de nós. A dor, o medo, a
solidão, o amor, a fé, a felicidade, a raiva, o próprio ódio, talvez pudesse
listar pelo menos mais uns dez. É bem simples entender, na verdade, é muito
mais simples do que parece. Cada um age como foi programado pra agir, não é um
mistério, nem um empasse, são apenas humanos sendo humanos. Mas a verdade é que
seja qual for o sentimento, há uma única certeza, uma hora vamos errar, e isso
vai parecer maior do que realmente é. A culpa é a maior vilã de todas, o pior
dos castigos, a maior das punições, por que a culpa nós consome, e quando se
erra e se sabe que errou, e tem ainda a garantia de que além da sua própria dor
provocamos a dor de terceiros, a culpa parece maior ainda, parece não cessar. A
culpa incomoda tanto, mas só depois que adquirimos uma coisa maior ainda que
ela, a consciência do tamanho dos erros que cometemos. Mas, enfim, tudo passa,
e essa dor não é diferente pois ela passa. A dor de errar, mas só quando somos
fortes o bastante pra admitir um erro, seja ele qual for, admitir e remediar,
por que na qualidade de humanos jamais poderemos preveni-los, não poderemos
evita-los, mas talvez possamos conviver com eles e as lições que nos ensinaram,
as lições que fazem de nós seres em evolução, afetiva, emocional, informal e
frequente evolução, ou as vezes só aprendemos com nossos erros.