sábado, 20 de junho de 2015

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Certas coisas me fazem sentir que eu estou no lugar e época errados.  As vezes, parece um sonho que vivo acordada, como se minha realidade estivesse tão distante dessa que eu não consigo participar por inteiro desse mundo. Não é tão complicado entender, invertendo os papeis, quando durmo, nos meus sonhos, me sinto viva, e quando estou aqui nesse lado, nessa dimensão, me sinto incompleta. É como imaginar outra vida em outro lugar, e o momento mais próximo que chego de alcançar o outro lado é quando ouço musica. Não me pergunte o porque, não me pergunte como, nem mesmo sobre o que exatamente estou falando. Pois eu não sei, eu não tenho respostas concretas. Tenho certezas, sem qualquer bases cientificas, sem estudos. Só o que eu vejo, só o que eu ouço, só o que sinto.
Pareço nunca está só, pareço jamais me conectar, e principalmente não possuo a capacidade de cumprir com o que esperam de mim socialmente. Que não sou parte do aqui, isso já sei. Mas que lugar me completa em existência? onde estão as respostas concretas que busco. Se adequar ao que me cerca parece improvável e infame. E sem quaisquer vestígio de arrogância, me atrevo a dizer que não posso fazer parte do contexto humano habitual.
Não vejo diferenças entre nós, de nem um âmbito, não vejo certos ou errados, mas muitos confusos, sem rumo para onde seguir, tentando parecer superiores, quando a única coisa que nos cabe é evoluir. Sinto-me como parte de algo maior que nós, e que me chama todo o tempo!

terça-feira, 19 de maio de 2015

A força de alguém ...

Então somos assim mesmo, falhos. Será que existe uma grande diferença no tamanho do que rotulamos como pecado. Quer dizer, matar alguém é mais cruel que desejar que ela morra?!
Não há grande diferença entre mentir sobre escovar os dentes e mentir sobre fidelidade? Roubar uma borracha na escola ou milhões da sonegação de impostos?
talvez não seja o que de fato realizamos, mas a intenção que temos. Talvez agindo por impulso magoemos alguém, isso é ruim, claro. Mas talvez planejar o sofrimento de alguém seja o crime mais cruel que fazemos uns aos outros. Imaginem quanto sofrimento pessoas causam a pessoas todos os dias. Torna-se um circulo vicioso certo?! Ao magoar alguém podemos está proporcionando a ele ideias erradas sobre a vida, as pessoas, o mundo. E abrindo o caminha para mais magoas.
Admiráveis as pessoas que conseguem superar a dor, sem deixar que ela os marquem para o resto de suas vidas. Sem deixar que ela transforme-os em intocáveis ou proporcionadores da mesma dor.
De fato sofrer é inevitável, isso é certo. Mas o que fazemos com nossa dor e até onde deixamos que ela nos atinja é o que realmente devíamos aprender.
Para onde direcionar todos os medos que temos? Toda a insegurança? toda a magoa de confiar e ser ferido por quem deveria nos amar? Aonde é o lugar certo para chorar nossas tristezas, existirá um tumulo profundo o bastante para enterrar o que nos causa as experiencias ruins, existirá um jeito de expulsa-las de dentro do peito amargurado?
São muitas questões que levantam-se com a dor, mas ainda acredito que a resposta é o amor. Não amor por quem nos ferio, perdoar nunca é facil, amor por nós mesmos. saber que merecemos o melhor que podemos nos dar, e não desacreditar na vida. Por que por mais clichê que pareca tudo acaba mesmo tendo um motivo nessa vida, ou nas outras. De qual quer forma elevemos-nos ao melhor que podemos fazer por nós mesmo e assim talvez enfim a dor diminua a tal ponto de só nos lembrarmos dela ao ver a cicatriz que ficou.
AFS

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Perdidos...

Bom, temos muitos motivos para pensar naquela coisinha altamente irritante e chata que chamamos de amor. Durante a vida esperamos um grande amor. E por que seria diferente?! só sabemos que é bem mais fácil quando esse amor não chega, por que até lá tudo que tivemos foi ilusão, bobagens imaturas as quais nos damos ao luxo de dar mais importância do que ela realmente tem. Quando esse grande amor chega, ele não só chega, ele nos muda, nos abala, nos transforma, refaz em nós sonhos que já havíamos esquecido, e por fim ele se vai. Como tudo de bom ou ruim, como as coisas realmente são. E é enfim, que nos restam sentimentos, difíceis de se lidar, coisas com as quais ou não estávamos acostumados ou desaprendemos.
"Depois da tempestade vem a calmaria." Mas, e quanto a destruição que a tempestade nos causou?! Oque fazer com ela?
Não tem um jeito fácil, não há uma saída. Porque no fundo sabemos que acabou. Mas ainda queremos. Mesmo sabendo o mal que nos causa. Consequentemente só resta reaprender a ficarmos sós consigo mesmo, uma noite de álcool com amigos, relação intima ou um novo amor temporário, comer horrores... no final, nada disso serve ao objetivo que travamos. Ora tudo que nós realmente almejamos é esquecer, ou deixar de sentir tanto. Sentir saudades, sentir-nos fracassados, sentir pena de nós mesmo. Só queremos acordar pela manhã pensando no trabalho ou no filme que queremos ver. E não neles, onde estão, como e com quem. achamos sempre que sofremos sós, achamos sempre que a dor deve ser evitada. Mas "a dor precisa ser sentida" e quanto antes melhor, assim ela diminui. Já é uma vitoria não chorar quando assiste ou ouve aquela musica, quando senta outra vez no banco daquela praça, Quando alguém comenta o quanto nossos grandes amores estão ótimos
sem nós.
Não há mesmo uma maneira fácil, use suas armas, peguemos todo esse amor e cuidados que dedicamos a eles e vamos dar a quem conhecemos que mais precisa: Nós mesmos. Aceite, chore se quiser, mas chorar não adianta muito, porem recarrega nossas forças. Cansem seus corpos, faça exercícios. Assim dormiremos melhor.
Só vá devagar, não é uma corrida onde ganha quem esquecer o outro primeiro, é só a nossa vida, e ao meu ver devemos achar a melhor maneira de lhe dar com ela.
AFS

domingo, 29 de março de 2015

Quanto vale minha alma diante de tanta dor? como posso reerguer-me sendo eu tão fraco. Doem dores que sinto esmagar-me pouco a pouco. como um tornado de tristeza sufoco-me em meus horrores. Não há nada, não há ninguém, não há começo, meio ou ainda um final. O tempo é relativo, e quando se doem as dores da alma ele é eterno. Posso eu como lutar com a angustia, posso eu negar que alguém sussurra em meus ouvidos a paz de morrer a si mesmo. Nada é tão triste quanto a solidão. estive eu só por muito tempo, e me achei, mas ainda estou só. E é algo que jamais poderei mudar. Os vultos, as angustias, o frio e o medo.
São duas almas em mim, a que é amor e a que é só medo. Porque mesmo com medo há amor em mim, e mesmo em amor o medo me abraça, sempre e constante, como fogo que queima no peito. E doe, doe a dor de está só. Ela só doe.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

...

Ano novo, e nada muda, assim como as dores no peito. Elas não passam só gritam mais baixo e adormecem mais cedo. Tentamos reagir, e deixamos de lado a maior parte dos medos, porque é esse o segredo. Nos dizem como esquecer e tentam nos convencer que tudo vai passar. Mas não passa, só se esconde a dor,  que se refaz a cada decepção de amor.
Tão fácil falar, difícil é tentar, é como tocar na ferida mais profunda que há. Tão perto de esquecer, tal como respirar, preciso de você, mas não é permitido chamar, por você.

Olho o vento e não vejo, só consigo sentir...
 AFS

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sentir/Agir

Sentimentos, todos tão confusos que as vezes só o que queremos é não senti-los. Mas o que seriamos sem eles? Seres frios talvez, racionais ou lógicos. Provavelmente existe dois lados dessa moeda, torna-se tão difícil viver em meio esses insanos altos e baixos que podemos dizer que nada é mais complicado e incalculável quanto o que sentimos. Uma mescla da alegria e raiva, amor e medo, sorrisos e lagrimas, onde uma única palavra desencadeia reações inúmeras que não podemos controlar no ápice dos acontecimentos, que provavelmente evidenciam o quanto é difícil ter autocontrole na complexidade dessa existência. Mas e depois? Depois da variável explosão de sentimentos múltiplos, o que nos resta? O que sobra quando a sanidade e a lógica perdem todo o espaço para o emocional altamente falho do ser humano. Particularmente creio que reerguer-se é a forma mais nobre de lidar com a derrota de “se deixar levar”. Existem milhões de formas de se deixar levar, por amor, por medo, por raiva, por preocupação, ou por todos eles juntos, no fim das contas, magoamos a outras pessoas e a nós mesmos, nos ferimos e nos tornamos nosso pior inimigo. Não há como esperar perdão de quem ferimos se não podemos nos perdoar. Nem tudo que fazemos é por maldade, crueldade ou falhas de caráter, as vezes e arrisco dizer que na maior parte delas, fazemos por impulso. Não justifica, porem não condenar-se é o caminho mais digno para uma recuperação de ações que nós mesmos julgamos impróprias. Não se engane, todos nós perdemos o rumo em um momento da vida, ou em vários, a diferença é como decidimos lidar com isso futuramente, como decidimos agir na próxima vez que percebemos uma explosão sentimental imediata, e pessoalmente eu ainda acredito no pedido de desculpas. Mesmo que a maior parte das pessoas com quem mantive convívio não parece levar “ele” a serio. 
AFS

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Precisamos do queremos?

Acho que o fato das coisas não serem como imaginamos ou planejamos, é provavelmente uma das maiores decepções da vida. Antes de dormir, ao fechar dos olhos a maior parte de nós faz planos sobre momentos e pessoas que não podemos de forma alguma controlar. É talvez uma das mais de mil maneiras de consolo que buscamos para as nossas mais diversas transgressões.
De qualquer  forma, lamentar o que não temos é um gesto inútil diante da vida, podemos enfim tentar ter aquilo que não nos cabe?
A vida não é o tipo de jogo que se pode voltar “casas” ou “avançá-las”. Na maior parte do tempo o lamento inibe a realidade da situação. Quem sabe temos exatamente o que queremos, mas quem sabe não da maneira que planejamos. Por um segundo, só por um segundo, pense na pessoa que você mais ama na vida e de como ela chegou ate você, pense nas circunstancias da situação e de que forma você aprendeu a amá-lo.
Será mesmo que importa tanto a maneira ou o que lhe tem a oferecer quem você tanto ama?
Como as vezes nos perdemos de nós mesmos, fica difícil saber pelo que devemos ou queremos ser gratos. Momentos ruins são mesmos tão ruins assim? Pessoas que te magoam não te deixam mais fortes? Os que mentem não te ensinam o valor da verdade? Aqueles que nos deixam ou são tirados de nós não marcam o valor de uma existência?
Como seres humanos, temos o direito de errar e de desejar o que não temos. Mas daí focar nossa curta existência nesse plano,
no adquirir de futilidades...
É só uma opinião, mas me parece que temos da vida e de nós mesmos o que precisamos. Mas não precisamos necessariamente de tudo que queremos.
AFS...