quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sentir/Agir

Sentimentos, todos tão confusos que as vezes só o que queremos é não senti-los. Mas o que seriamos sem eles? Seres frios talvez, racionais ou lógicos. Provavelmente existe dois lados dessa moeda, torna-se tão difícil viver em meio esses insanos altos e baixos que podemos dizer que nada é mais complicado e incalculável quanto o que sentimos. Uma mescla da alegria e raiva, amor e medo, sorrisos e lagrimas, onde uma única palavra desencadeia reações inúmeras que não podemos controlar no ápice dos acontecimentos, que provavelmente evidenciam o quanto é difícil ter autocontrole na complexidade dessa existência. Mas e depois? Depois da variável explosão de sentimentos múltiplos, o que nos resta? O que sobra quando a sanidade e a lógica perdem todo o espaço para o emocional altamente falho do ser humano. Particularmente creio que reerguer-se é a forma mais nobre de lidar com a derrota de “se deixar levar”. Existem milhões de formas de se deixar levar, por amor, por medo, por raiva, por preocupação, ou por todos eles juntos, no fim das contas, magoamos a outras pessoas e a nós mesmos, nos ferimos e nos tornamos nosso pior inimigo. Não há como esperar perdão de quem ferimos se não podemos nos perdoar. Nem tudo que fazemos é por maldade, crueldade ou falhas de caráter, as vezes e arrisco dizer que na maior parte delas, fazemos por impulso. Não justifica, porem não condenar-se é o caminho mais digno para uma recuperação de ações que nós mesmos julgamos impróprias. Não se engane, todos nós perdemos o rumo em um momento da vida, ou em vários, a diferença é como decidimos lidar com isso futuramente, como decidimos agir na próxima vez que percebemos uma explosão sentimental imediata, e pessoalmente eu ainda acredito no pedido de desculpas. Mesmo que a maior parte das pessoas com quem mantive convívio não parece levar “ele” a serio. 
AFS

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